Falta de orientação na Musculação traz diversos malefícios


O indivíduo que treina musculação sem a orientação de um profissional competente está sujeito a enfrentar situações difíceis, colocando a sua saúde em risco. Os profissionais de Educação Física também são da área de saúde, o que os torna capacitados a darem prescrições e orientações de fundamental importância.
O professor, o orientador, o personal, o técnico, ou o nome que você preferir tem condições de mensurar o grau, a quantidade, a forma, a sobrecarga, o volume e a intensidade do treinamento.
A principal e mais perigosa consequência de uma atividade física sem orientação é o surgimento de sintomas relacionados ao overtraining (ovt).
Segundo o Dicionário Oxford de Ciência Medicina do Esporte, “overtraining” é uma síndrome complexa, uma combinação de sinais e sintomas, que provocam fadiga mental e deterioração de funções vitais. O principal sintoma é a redução de desempenho, seguido de alterações como insônia, cansaço, dores musculares, irritação, ansiedade, agressividade, cefaléia, problemas articulares, aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos alterados.
Um planejamento inadequado de treinamento conduzirá a síndrome do overtraining. Portanto, o indivíduo somente terá malefícios seguindo um treino ou atividade física sem a orientação de um profissional gabaritado.
Os malefícios da atividade física sem orientação são muitos!
É o mesmo que um leigo tentar mexer com eletricidade, mecânica de um automóvel, só vai se “estrepar”. O sujeito que pratica alguma atividade sem orientação tem grandes probabilidades de se dar mal.
Com orientação adequada, evitará lesões, terá uma postura (biomecânica) ideal, otimizando assim os resultados pretendidos.
Não adianta alguém entender do assunto, e achar que pode treinar musculação por conta, é preciso que haja alguém de fora para observar os erros cometidos, frear os excessos, corrigir a postura quando necessários. Dificilmente a pessoa percebe que está indo além dos limites ou fazendo alguma coisa errada, tais como, biomecânica errada, excesso ou falta de algum exercício específico, excesso na sobrecarga etc. Sem um estímulo extrínseco esse indivíduo estará com enormes chances de se lesionar.
A maioria das atividades sem um acompanhamento profissional está fadada ao insucesso, como diz o velho ditado, o barato sai caro. O sujeito não quer pagar um profissional para economizar, mas, na frente ele irá gastar muito mais se tratando de alguma lesão.

Musculação: esta atividade, rotineira entre os mais jovens que buscam esbanjar suas formas, fortalece os músculos do corpo. Porém, o volume, assim como a intensidade destes exercícios podem, se não forem prescritos por um profissional de maneira adequada, prejudicar a coluna, os ombros e os joelhos. Já que o trabalho com peso exige muito do corpo, além de uma execução correta do movimento para que não aja sobrecarga na articulação e na coluna vertebral. Para que não ocorram lesões de sobrecargas articulares que podem levar ao afastamento do atleta por um tempo determinado, é recomendável que o aumento do peso dos exercícios seja gradativo;


Natação: Por ser um esporte quase sem impacto e a principal resistência a ser vencida é a água, podem ocorrer diversas lesões caso o atleta pratique uma alta intensidade de treinos de forma inadequada e com a técnica desapropriada. Geralmente as regiões do corpo mais afetadas pela natação são os ombros e coluna lombar. Além de ser benéfico para o condicionamento aeróbico, fica uma ressalva: algumas modalidades da natação, como borboleta e nado peito, exigem um cuidado redobrado pois são estilos que exigem muito da coluna lombar;



Corrida: esta prática esportiva, que ganha cada vez mais adeptos, fortalece os músculos que dão sustentação à coluna. Entretanto, a falta de orientação pode levar alguns atletas a sofrer de dores nas costas. Excesso de peso, encurtamento ou fraqueza da musculatura posterior das pernas e a falta de exercícios de fortalecimento da região abdominal, principalmente a musculatura profunda, pode levar a danos na coluna. Essas são as causas mais comuns de problemas de coluna entre os praticantes deste esporte. Outro fator importante é o uso de calçados adequados para o tipo de treinamento, com o devido amortecimento, "poupando" regiões fundamentais, como os joelhos;



Surf: atividade radical e praticada com mais frequência durante o verão pode representar um grave risco aos surfistas. A coluna, o ombro e o joelho são as partes do corpo que mais sofrem problemas ao praticar esta atividade. A coluna lombar é considerada a região que mais sofre lesões, devido a posição que o atleta se encontra remando;



Tênis: este esporte é muito conhecido quando falamos em lesões. Os principais atletas da modalidade, entre eles Pete Sampras, André Agassi e o ídolo brasileiro Gustavo Kuerten já sofreram problemas de coluna ou quadril. Por buscar um condicionamento físico perfeito num sistema de treinamento de repetição de movimentos rotacionais, assimétricos e exercícios específicos, o atleta pode sobrecarregar determinadas regiões do corpo, entre elas a coluna vertebral, onde uma sobrecarga pode ocasionar alguns desvios posturais também. O tipo de quadra também pode favorecer o aparecimento de lesões, já que o 'saibro' acaba facilitando o deslize do atleta durante a partida e auxiliando nas jogadas e seus movimentos. Já a quadra rápida e a grama não têm esse mesmo benefício, o que pode sobrecarregar e muito o joelho do atleta quando realizado algum movimento errado ou não há um preparo especifico;



Rugby: a tradicional modalidade em países como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, vem ganhando muitos adeptos ano após ano no Brasil. Conhecido pela brutalidade dos participantes e sendo um esporte de contato, tende a ocorrer mais traumas físicos, incorrendo em diversas dores e lesões articulares na coluna vertebral. O Rugby é um esporte de forte impacto e a violência dos choques entre os atletas pode causar diversos danos à coluna, porém realizado de maneira correta e com treinamento específico as chances são muito menores de surgirem lesões durante a prática. Outro tipo de lesão muito comum são as lacerações pelas quedas e contatos com os adversários.

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