O perigo do diabetes: o profissional de educação física no combate à doença
O consumo de alimentos
com altos índices de açúcar somado ao sedentarismo são alguns dos hábitos que
têm aproximado milhares de pessoas de uma doença crônica silenciosa: o
diabetes. A hereditariedade, principalmente quando os familiares que têm a
doença são avôs, avós, pais e irmãos, é um alerta. Outro ponto importante é o
sobrepeso. Segundo dados do Ministério da Saúde, 48,5% da população brasileira
está acima do peso, e a balança em desequilíbrio é um dos principais fatores de
risco para o aparecimento do diabetes.
Às vésperas do Dia
Mundial do Diabetes, que será em 14 de novembro, a endocrinologista da rede de
centros médicos dr.consulta, Fernanda Lustosa, afirma que há dois tipos da
doença. O diabetes tipo 1 se manifesta de forma mais agressiva e aguda, não é
prevenível porque é uma autoimune e pode provocar grande perda de peso em
apenas poucas semanas.
Já o tipo 2, apesar de
ser silenciosa no início, trata-se de uma doença crônica que pode trazer muitos
prejuízos à saúde. Adotar hábitos saudáveis é a única forma de evitar o
surgimento da patologia. Para isso, dietas baseadas em alimentos com baixo
índice glicêmico e a prática de exercícios físicos regulares precisam fazer
parte da rotina.
Além disso, a médica
alerta que é fundamental fazer exames para verificar o nível de glicose no
sangue por meio do exame glicemia de jejum anualmente, e buscar a ajuda de um
endocrinologista se surgir algum sintoma. Dependendo dos fatores de risco do
paciente, outros exames podem ser solicitados pelo médico, como o de curva
glicêmica e o de hemoglobina glicada — este último verifica o índice de
glicemia do paciente nos últimos três meses.
Sobrepeso e diabetes
gestacional também são fatores de risco
Vale ressaltar que os
números sobre a saúde dos brasileiros não trazem boas notícias. Segundo dados
do Ministério da Saúde, 48,5% da população brasileira está acima do peso, e a balança
em desequilíbrio é um dos principais motivadores do diabetes.
No caso das mulheres que
têm níveis altos de glicose no sangue durante a gestação, a chance de se tornar
diabética é 60% maior. Nesse caso, um ponto de atenção no caso das mulheres que
tiveram bebês muito grandes, nascidos com quatro quilos ou mais, por exemplo.
Muitas vezes, a mãe pode ter tido um diabetes discreto, que não foi
identificado ou tratado na gestação. É preciso ter atenção após, mantendo
hábitos saudáveis e exames periódicos em dia.
Urinar com frequência,
em especial, durante a noite, escurecimento da pele na região do pescoço
(sintoma de aumento da resistência do organismo à insulina), boca seca e
necessidade de tomar muito líquido, perda de peso e visão embaçada estão entre
os indicativos de que a pessoa pode ter a doença. “Como os sintomas demoram a
surgir e podem aparecer de forma isolada, sem que o paciente identifique como
algo relevante, fundamental manter os exames em dia”.
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